Estaline matou mesmo 60 milhões de pessoas?

Não, Estaline não matou 60 milhões de pessoas, ou 20 milhões. Nós sabemos isso agora. Na verdade, sempre soubemos, se olharmos para os números da população da União Soviética, que mostra um crescimento constante desde os anos 20 até meados dos anos 50, quando Estaline morreu, com exceção de 1941 a 1945, quando outras pessoas estavam matando milhões de pessoas na URSS. Mas não Estaline. Dizer isto não é negar que Estaline era um ditador cruel e vicioso ou sugerir que o estalinismo era simplesmente bom. Ele era e não era. Mas estamos olhando para evidências e fatos.

Você não poderia esconder 60 milhões de mortes na população da União Soviética durante esse período. Além disso, Estaline era um carniceiro e um tirano, mas não era um idiota, e ele sabia perfeitamente que matar dezenas de milhões de pessoas prejudicaria seriamente a posição da União Soviética como potência econômica, se nada mais.

E não há base para tal afirmação. Aqui está a população da URSS 1925-59:

1926 148.656.000

1937 162.500.000

1939 168.524.000

1941 196.716.000

1946 170.548.000

1951 182.321.000

1959 209.035.000

Onde esconderiam 60 milhões de mortos? Ou mesmo 20 milhões? As pessoas que atiram números como esse por aí obviamente nunca olharam para esses resultados simples da população e do censo, ou estão contando que você nunca tenha olhado para eles. Bem, agora você não tem desculpa. Já os viu. 1937 é disputado, mas é certamente um estádio.

Se Estaline tivesse matado 60 milhões de pessoas, um grande pedaço dessas teria sido nos anos do terror, 1937-38. Mas você não vê uma queda na população nesses anos, muito menos uma queda de, digamos, 40 milhões de pessoas. Isso teria reduzido o número de 1939 para 20 milhões abaixo dos níveis de 1925. Não se pode, por assim dizer, enterrar números dessa magnitude. A população aumenta a uma taxa normal entre 1937 e 1941. O grande aumento nesses anos deve-se à anexação da Polónia Oriental e dos Estados Bálticos.

Existe uma grande diminuição da população entre 1941 e 1946, cerca de 27 milhões de pessoas. Isso corresponde ao caos que alguém causou na União Soviética, matando 27 milhões de pessoas, mas não foram os soviéticos que o fizeram.

Em todo o caso, temos agora pesquisas de arquivos pós-soviéticos sobre a contagem de corpos. E é muito menos do que 60 milhões ou mesmo os 20 milhões que foram lançados sob os dias pré-arquivais por pessoas como Robert Conquest. Basicamente uma contagem muito menor é concordada por todos os sovietologistas responsáveis e eu era um sovietologista quando havia uma União Soviética para estudar-

P>Primeiro, nas grandes purgas, principalmente em 1937 e 1938, um pouco menos de um milhão de pessoas foram executadas, a maioria funcionários do partido e oficiais do Exército Vermelho.

P>Segundo, os Gulags: cerca de 10 milhões de pessoas passaram por eles sob Stalin, de 1927 a 1953, E cerca de 1,6 milhões não conseguiram sair. Essa é uma taxa de mortalidade intoleravelmente alta, mas na maioria das vezes, eles não foram assassinados; eles morreram de frio, fome e exposição. Os Gulags eram duros, arbitrários, cruéis, mas não eram campos de morte.

Finalmente, na fome de coletivização de 1930-32, houve cerca de 1,5 -4 milhões de mortes por fome direta, mas é impossível descobrir quantos foram devido à seca e outras condições climáticas adversas, má gestão, ou prioridades conflitantes, em oposição ao assassinato deliberado. Houve algum assassinato deliberado. Provavelmente, muitos. Mas não sabemos quanto.

O resultado é que o limite superior da contagem de corpos era de cerca de 6,5 milhões de pessoas, e isso é contar praticamente todas as mortes na fome de coletivização como assassinatos, o que não é o caso. Mas esse é o número máximo. E não é de 60 milhões. Nem sequer são 20 milhões.

Não estou a falar como apologista. Estou apenas a relatar o que os estudos contemporâneos têm mostrado para chegar aos factos. Claramente, um número de mortes de cerca de seis milhões de pessoas é terrível além da compreensão, um crime histórico mundial de grande magnitude. Mas não há razão para exagerar para fins de propaganda para níveis completamente incríveis que não têm base na realidade.