Porque é que muitos boxeadores olímpicos nunca se tornam profissionais?

O boxe profissional em Cuba é proibido, por isso, para que os boxeadores cubanos se tornem profissionais, eles precisariam de desertar. Alguns dão o mergulho, Guillermo Rigondeaux e Joel Casamayor sendo dois dos boxeadores profissionais cubanos de maior sucesso dos últimos tempos, mas para muitos, é um risco que não querem correr; outros tiveram carreiras profissionais muito menos bem sucedidas. O orgulho de competir pela nação também é importante, Teófilo Stevenson, um dos melhores boxeadores amadores de todos os tempos, recusaria regularmente os promotores profissionais, afirmando: 'O que são oito milhões de dólares em comparação com o amor de oito milhões de cubanos?'

Em outros países, os programas esportivos contam com grande apoio governamental. Por exemplo, o governo do Cazaquistão concede prêmios de 250 mil dólares aos campeões olímpicos (aliás, também concedeu o prêmio máximo a Vassilly Levit, que foi infamemente roubado de ouro no Rio no ano passado). Eles também concedem outros benefícios para os atletas que trazem orgulho para a nação. Serik Sapiyev recebeu uma bolsa de estudos para estudar para um mestrado no Reino Unido e também recebeu uma bolsa de estudos para administrar a equipe do Cazaquistão Arlans no World Series of Boxing. Acredito que a Itália tem um esquema semelhante, com Clemente Russo e Roberto Cammarelle recebendo empregos confortáveis do Estado em troca de medalhas de ouro no cenário mundial para o país, e só posso assumir que outras potências olímpicas do boxe, como a Rússia, façam algo assim também.