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O que devo fazer quando for expulso (tenho apenas 15 anos)?

Eu sobrevivi.

Eu sobrevivi.

p>Eu não fui tanto "expulsa" como fui abandonada e deixada sem para onde ir.

Os meus pais estavam divorciados. O meu pai era um bêbado e um idiota. A mãe era viciada em metanfetaminas, zangada com os filhos por lhe estragarem a diversão. Eu era o irmão mais velho com duas irmãs mais novas para cuidar.

Quando meus pais se divorciaram, eles me fizeram escolher com quem eu e meus irmãos iríamos viver. Eu tinha 14 anos. Tudo o que eu sabia era que não queria viver com o meu rígido e bêbado idiota do meu pai. E na altura a minha mãe estava no seu melhor, fazendo-me sentir que ela realmente nos queria com ela. Como se ela morresse se não a escolhêssemos. Então eu escolhi a minha mãe.

>p>O que ela realmente queria era o máximo de apoio infantil que conseguisse.p>Eu era o alvo constante dos abusos dela. Ela fez e disse-me coisas que só agora, aos 44 anos, estou a começar a trabalhar. Mas o pior aconteceu quando eu tinha 17 anos. Eu nunca fui capaz de embrulhar minha cabeça no que ela fazia.

Nós entramos em uma discussão uma noite e eu saí de casa. Fiquei uns dias com uma amiga. Depois de alguns dias, eu estava andando pela cidade quando vi meu padrasto indo para o trabalho dele. Eu gostava muito dele e nós tínhamos uma boa relação. Então chamei-o e ele caminhou para se encontrar comigo a meio caminho. Ele tinha um olhar preocupado na cara. Perguntei-lhe o que se passava? A mãe ainda está zangada? e outras perguntas. As respostas dele foram curtas e faltavam-lhe informações reais. Era óbvio que ele estava desconfortável. Por isso, separámo-nos.

>p>Após esse dia decidi ir para casa. Enquanto andava pela nossa rua, vi o camião de um homem com quem a minha mãe tinha traído o meu padrasto. Ele era um conhecido traficante de droga. A traseira do camião estava cheia de caixas e móveis.... O NOSSO MOBILIÁRIO.p>Eu estava quase na nossa entrada quando o camião e o carro da minha mãe saíram. O camião passou por mim, mas eu acenei para o carro da minha mãe.

Estava a escurecer num dia empapado, cinzento do Oregon, quando a chuva começou a cair. A minha mãe puxou o carro dela para o lado e rolou pela janela. As minhas irmãs sentaram-se quietas na morte das traseiras. Antes que eu pudesse fazer qualquer pergunta, ela me explicou que estava se mudando para a costa [2 horas de distância] e não tinha espaço para mim em seu novo apartamento. Eu fiquei chocada. Eu perguntei para onde eu deveria ir e ela, sem pensar, nomeou alguns amigos com quem eu deveria pedir para ficar. Sabendo que aqueles amigos não eram opções realistas. Implorei-lhe que me levasse. Ela me deu 3 dólares e me disse para tirar meu carro quebrado da entrada para que o senhorio não a cobrasse por isso. Ela foi embora, deixando-me na escuridão, chovendo.

Então, o que eu fiz quando fui abandonado foi muito primário: sobrevivi. Durante alguns dias dormi debaixo de uma pequena ponte. Depois alguns dias num parque. Então um amigo começou a me trazer comida e me deixou entrar sorrateiramente no barracão de seus pais para dormir à noite. Estava um gelo e eu só tinha um cobertor. Ele me trouxe mais.

Algumas semanas dormindo naquele barracão frio, fingindo aparecer cedo para sair com meu amigo todas as manhãs para que eu pudesse tomar um pouco do café da manhã levou-me a conhecer sua família. Uma manhã enquanto eu tremia na minha pilha de cobertores, a mãe dele abriu a porta do barracão e me pegou. Ela estava furiosa. Ela agarrou-me no braço e levou-me para dentro de casa. Ela gritou pelo filho e a família inteira entrou na sala de estar. Eu sabia que eu estava morto. Ela gritou com o filho por não lhe ter dito que eu estava lá fora. Ela repreendeu-o por não me trazer para dentro para dormir. Espera, o quê!?

>p> Desde aquele dia até eu sair da cidade, eu fiquei com aquela família. No início, em casa, no sofá. Quando o meu pai amigo adoeceu de repente, mudei-me para uma caravana que me montaram no quintal para que o pai pudesse ficar no sofá onde se sentisse confortável.

Incluíram-me em tudo. Eu chamei-lhes mãe e pai. E quando a doença do pai piorou, ele agarrou-me na mão e disse-me para tomar conta do filho dele. Eu não era filho dele, mas ele tratou-me como eu era. O meu pai nunca tinha sido tão gentil comigo. E quando o pai morreu uns dias depois, eu estava lá, ajudando a manter a minha nova família unida. Eu só os conhecia há 4 meses.

Seis meses depois, depois de receber o dinheiro do seguro pela morte dos seus maridos, a mãe lembrou-se de mim a falar do meu desejo de sair da cidade e de me tornar músico. Ela me comprou minha primeira guitarra e pagou para eu e seu filho nos mudarmos 2 horas para a grande cidade de Portland.

Conto esta longa história porque é importante que você, ou qualquer criança que tenha sido expulsa ou abandonada pelos pais, saiba que do outro lado da sobrevivência está a gentileza e a ajuda. É difícil no início. E aterrador. Solitário. Você chora até adormecer. Comes merda que não estás apta a comer. Perdes o teu orgulho, auto-confiança, identidade e esperança. Você luta emocionalmente, fisicamente e mentalmente. Mas há pessoas lá fora dispostas a acolher-te. Survive long enough and you’ll find a place in a new life with new people who care.

Just survive.

De Bela

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